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29 de setembro de 2011

Polícia prende suspeitos de terem matado mulher dentro de agência



Uma vida por R$ 700,00: Polícia apresenta suspeitos de assassinato de mulher em Barra Mansa
A polícia de Barra Mansa apresentou, no final da manhã de hoje, três homens acusados do assassinato da comerciante Joyce Mariane Chaves, de 47 anos, ocorrido no último dia 5 de julho, no Jardim Boa Vista. Joyce foi morta a pauladas no escritório da agência de automóveis da qual era sócia, localizada a poucos metros da delegacia da cidade.
Entre os presos, está Leo Singer Alves do Nascimento, de 40 anos, ex-marido da vítima, acusado pela polícia de ser o mandante. Os outros dois são Daniel da Silva Oliveira, de 19 anos, e Fernando de Brito, o “Fernandão de Saudade”, de 47 anos. Os três tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Fernandão admitiu que também assassinou um homossexual a pauladas, em maio deste ano, no bairro Saudade.
De acordo com os delegados Ronaldo Brito e Michel Floroschk, a vida de Joyce custou R$ 700,00 ao ex-marido, que pagou R$ 300,00 para Fernando e R$ 400,00 a Daniel para cometerem o crime, depois de informar a eles que a vítima poderia ser encontrada na agência, todos os dias, no início da noite. Ainda segundo os delegados, Leo - que nega o crime - teria decidido pela morte da ex-mulher porque não suportava mais o comportamento dela. “Mesmo estando separados, e ele vivendo com outra mulher, Leo tinha desentendimentos frequentes com Joyce”, disse o delegado. Em fevereiro deste ano, a comerciante registrou contra o ex-marido uma queixa por agressão.
Enquanto Daniel preferiu não se pronunciar, Fernandão admitiu durante a apresentação que foi ele quem deu as pauladas na vítima. “A chave principal da agência foi dada a eles por Leo”, afirmou Ronaldo Brito. Fernandão e Daniel, segundo apurou a polícia, entraram na agência simulando estar à procura de Leo. “Num momento de distração, a Joyce foi atacada. Primeiro, ela foi derrubada e teve a cabeça socada no chão. Depois, recebeu as pauladas. As luzes foram apagadas para não chamar atenção”, disse o delegado.
Ronaldo Brito destacou, durante a apresentação, que ontem Daniel e Fernandão foram ouvidos simultânea, mas separadamente, por ele e Michel Florosck. “Um não sabia da presença do outro na delegacia e deram versões iguais para o crime, com os mesmos detalhes, apontando Leo como o mandante”, contou o delegado. Segundo ele, Leo teria orientado os dois executores a fazerem parecer um assalto seguido de violência sexual, tanto que a vítima foi encontrada com as peças de roupas íntimas abaixadas.
Leo nega tudo. “Vou jurar até a morte que não mandei matar ninguém”, disse o suspeito, que ao ser apresentado cobriu o rosto com uma camisa estampando a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O delegado Ronaldo Brito, no entanto, afirmou que o plano do ex-marido - sócio da vítima na agência de carros - foi facilitado porque os dois executores também tinham raiva de Joyce: “O Daniel trabalhava regularmente para o Leo, enquanto Fernandão fazia serviços esporádicos, principalmente de controle de estacionamento em eventos no Parque da Cidade, e relataram que muitas vezes foram humilhados pela vítima”.
De acordo com o policial, Fernandão trabalhava numa empreiteira que presta serviços à prefeitura de Barra Mansa e foi preso em seu local de trabalho. Antes, na casa dele, a polícia encontrou um rádio que foi levado do escritório da agência. Dois celulares de Joyce foram roubados, juntamente com seus documentos, que foram encontrados no dia seguinte jogados no vagão de um trem, em Saudade. Os celulares, segundo a polícia, foram vendidos, mas rastreamentos feito pela polícia mostraram que Fernandão ligou para parentes através dos aparelhos, antes de se desfazer deles. “Depois do crime, Leo ainda deu móveis do apartamento de Joyce para Daniel e Fernandão dizendo que os dois poderiam contar com ele para qualquer coisa”, acrescentou Ronaldo Brito, revelando ainda que, logo depois de cometer o crime, Daniel e Fernandão fugiram da agência numa moto de Leo.
Um detalhe narrado por Michel Floroschk, delegado adjunto, sobre Daniel, é que o mesmo vendida água de coco para Leo nas proximidades da delegacia e que continuou a atividade mesmo depois do crime, para dar a impressão de que não tinha nenhum envolvimento.
Homossexual foi morto 2 meses antes
Também ao ser apresentado, Fernandão - que já cumpriu pena por roubo e atentado violento ao pudor - admitiu que matou, em 12 de maio deste ano, o homossexual Jonatas Lopes Ferreira, de 29 anos. De acordo com a polícia, Fernandão é homofóbico e ao ser convidado pela vítima para um programa, simulou aceitar. “Ele matou a pauladas o Jonatas, o que nos fez suspeitar que também tivesse ligação com a morte da Joyce, porque agiu da mesma forma. A ex-mulher do Fernandão disse que ele tem raiva de homossexuais”, declarou Ronaldo Brito.
O crime aconteceu na Rua Antônio de Almeida, no bairro Saudade. O corpo de Jonatas foi encontrado na manhã do dia seguinte. Mais detalhes e fotos no Foco Regional On line. Outras notícias no site: www.snrio.com.br

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