Família de mulher assassinada se revolta com benefício concedido a policial aposentado

O policial aposentado Raimundo Luciano Mendonça, de 59 anos, que está recolhido em Bangu 8 desde o último dia 15, quando matou a tiros a mulher Heloísa Helena Isabel, de 48 anos, deve deixar a prisão ainda hoje. O juiz da 1ª Vara Criminal de Volta Redonda, Ludovico Couto Colacino, concedeu liberdade provisória ao aposentado, pedida pelo advogado de defesa Paulo Avelar.
No pedido de medida cautelar para que o policial responda ao processo em liberdade, o advogado citou que o policial é réu primário, tem bons antecedentes e sofre de doença degenerativa grave. “Temos um laudo no processo comprovando o estado de saúde dele”, afirmou o advogado ao FOCO REGIONAL. Luciano terá de se apresentar no Fórum uma vez por mês.
De acordo com Paulo Avelar, o alvará de soltura já foi expedido e depende apenas dos trâmites administrativos para que Luciano seja posto em liberdade. O policial foi para Bangu 8 há uma semana, depois de se apresentar na delegacia de Volta Redonda pelo assassinato de Heloísa, cometido na residência do casal, na Rua 4, no Conforto.
De acordo com a polícia, Luciano disse que agiu motivado por ciúmes, porque estava sendo traído por ela. No entanto, parentes da vítima asseguram que os dois já não mantinham relação de corpo há vários anos e que Luciano permanecia na casa por consideração da vítima, que era funcionária da Fundação Beatriz Gama.
Família da vítima está revoltada
A notícia de que Luciano será solta revoltou parentes e amigos de Heloísa. Priscila Isabel, de 27 anos, filha do primeiro casamento da vítima, disse que pretende organizar uma manifestação com o apoio da Associação de Moradores do Conforto, contra a liberdade do policial aposentado. Para os parentes de Heloísa, a soltura de Luciano é um incentivo à impunidade. Priscila lembrou que o autor confesso do assassinato não tem residência fixa, pois morava de favor na casa da mãe.
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