Um recém-nascido foi internado na Santa Casa de Ourinhos, cidade a 371 quilômetros de São Paulo, para fazer uma operação no abdômen, sofreu queimaduras de segundo grau e acabou tendo a mão direita amputada. A criança, de nome Nicholas, tem 45 dias e continua internada na UTI da Santa Casa de Ourinhos. Segundo o pai, Daniel de Almeida, até agora,o hospital não chamou a família para dar explicações. A família registrou boletim de ocorrência.
O pai do menino contou que o bebê, seu primeiro filho, teve que passar por uma cirurgia por causa de um problema no pâncreas, que estava grudado no estômago e impedia a alimentação. Só que, depois da cirurgia, a criança voltou com uma queimadura de segundo grau no peito e na mão direita. Vinte dias depois, o hospital informou que a mão direita do bebê teve que ser amputada.
- Como uma criança é internada para operar o abdômen e acaba com a mão amputada? - questiona o pai, inconformado.
A família registrou um boletim de ocorrência e a polícia já tirou fotos do bebê para fazer um laudo para começar as investigações. Sem saber o que teria acontecido, os pais estão indignados com o tratamento que receberam dos médicos.
- Ninguém nos chamou para dar uma explicação do que aconteceu de fato na sala de cirurgia. Queremos saber a verdade - diz o pai.
Segundo ele foi informado, as queimaduras teriam sido causadas por um bisturi elétrico usado durante a cirurgia. Também recebeu informações de que houve má-circulação do sangue e trombose durante a cirurgia.
- Mas uma trombose na mão não aconteceria numa cirurgia como esta. Por mais que a medicina esteja avançada hoje, nada vai repor a perda do membro que ele teve - diz o pai.
O médico responsável da UTI infantil da Santa Casa não falou com a reportagem da TV. Ainda de acordo com a direção do hospital, uma sindicância foi aberta pelo hospital para apurar o que teria acontecido de errado na cirurgia do bebê. O hospital informou que a criança foi internada em estado gravissímo no hospital.
A delegada da mulher Ana Rute Bertolaso disse que o caso será investigado como lesão corporal culposa.
- Vamos esperar os exames e os depoimentos e o médico poderá ser responsabilizado - disse a delegada.
O caso foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina
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