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4 de junho de 2010

Hospital encaminha suspeita de erro médico ao Conselho de Medicina

Criança de dois anos deveria passar por cirurgia nos testículos, mas foi operado na boca

O caso da suspeita de erro médico ocorrido em um hospital particular de Itajubá, no Sul de Minas, foi encaminhado nesta quinta-feira (3) ao Conselho Regional de Medicina, segundo Eduardo Almeida, um dos diretores do estabelecimento. Os pais de um menino de dois anos de idade alegam que levaram o filho ao hospital onde ele seria submetido a uma cirurgia nos testículos, mas a criança passou por uma operação na boca. O casal registrou um boletim de ocorrência. Segundo os pais, o menino foi internado para corrigir um problema congênito porque nasceu com os testículos fora da cavidade da virilha. Há um ano, ele havia passado pelo primeiro procedimento cirúrgico pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas os pontos da cicatrização inflamaram e há dois meses foi feita a correção. A cirurgia marcada para a quarta-feira (2) seria a segunda reparadora. A mãe da criança, Daniele Faria da Silva, disse que o garotinho saiu do centro cirúrgico com dois pontos, um de cada lado da boca, e que no registro de alta médica assinado pelo pediatra Hélio Alves, a causa da internação constava como "cisto no lábio inferior". A guia de internação solicitada pelo mesmo médico apontava, no entanto, um "granuloma de ponto pós cirurgia de criptorquídia bilateral", que é o real problema da criança. Para Daniele, o filho dela foi confundido com outro paciente. O médico Hélio Alves não foi encontrado para comentar o assunto. De acordo com o médico Adrian Nogueira Bueno, os dois procedimentos cirúrgicos sãos distintos e não existe a menor possibilidade deles serem confundidos.
O delegado do Conselho Regional de Medicina de Itajubá, Carlos Alberto Benfate, disse que foi informado do caso pelo próprio hospital onde o procedimento médico foi realizado. Ele afirmou também que, nos próximos dias, vai ouvir os pais do menino, o pediatra que realizou a cirurgia e os enfermeiros. Ainda segundo Benfate, os depoimentos serão encaminhados ao Conselho de Medicina de Belo Horizonte onde deverá ser aberta uma sindicância. EPTV

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