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22 de fevereiro de 2010

CEF: Apostadores de Novo Hamburgo vão tentar bloquear prêmio de R$ 53 milhões da Mega-Sena


Segundo a Caixa, aposta não foi feita, mas Polícia investiga hipótese de estelionato
Apostadores vão à DP registrar caso

O grupo de Novo Hamburgo que afirma ter vencido o prêmio de R$ 53 milhões da Mega-Sena vai tentar bloquear na justiça o valor a que teria direito. De acordo com o advogado de parte dos apostadores, Marcelo Luciano, além do valor, será cobrada indenização por danos morais que, no entendimento dele, é de responsabilidade da lotérica e da Caixa Econômica Federal (CEF). A Caixa garante que o bilhete com as dezenas sorteadas não foi apostado e lembra que o prêmio acumulou. Por meio de nota a CEF afirma que vai apurar se houve irregularidades.Os relatos dos "vencedores" são os mais variados. Francisco Biasi disse que chegou a comemorar os mais de R$ 1 milhão que teria direito. Já Ronei Dilli resolveu conferir sua aposta só depois de saber que o prêmio não seria pago e agora tenta ser indenizado. Hoje, ele foi um dos que procuraram a polícia para registrar o caso. Quarenta pessoas participaram de um bolão promovido pela lotérica Esquina da Sorte, no centro de Novo Hamburgo. Todos têm comprovantes com os números que deveriam ser apostados, mas o bilhete original não aparece no registro da CEF.De acordo com a lotérica houve erro da empresa responsável pela confecção dos bolões. Segundo o gerente Ederson da Silva, que não soube explicar onde é feito o cartão do jogo coletivo, o comprovante repassado aos apostadores tem números diferentes do que foi jogado. Para ele, pode ter havido um erro de digitação. O dono do estabelecimento não compareceu ao local hoje. Nessa manhã a Brigada Militar teve que ser chamada. A concentração de apostadores intimidou os trabalhadores, que temiam reação violenta. Nenhum incidente foi registrado. A Polícia Civil (PC) abriu inquérito para apurar o caso. O delegado Clóvis Nei da Silva explicou que vai ouvir os responsáveis pela lotérica, representantes da CEF e as vítimas para tentar entender o caso, mas adiantou que vê indícios de estelionato.

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