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7 de janeiro de 2010

Portuguesa Cimpor (cimento) recusa oferta da Companhia Siderúrgica Nacional

A Cimpor, maior fabricante de cimento de Portugal, rejeitou a oferta feita pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em dezembro de venda do seu controle. A rejeição foi feita nesta quinta-feira pelo conselho de administração da Cimpor, que avaliou como "hostil" a proposta de 3,86 bilhões de euros (US$ 5,55 bilhões), oferecida no dia 18 de dezembro, pela empresa controlada pelo brasileiro Benjamin Steinbruch. No documento entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o equivalente à CVM brasileira, o conselho de administração da Cimpor considerou a proposta "hostil, oportunista, irrelevante e perturbadora da atividade" cimenteira portuguesa. Julgaram que a oferta subvalia os ativos da empresa.O conselho de administração recomendou aos acionistas da Cimpor de não venderam suas ações à CSN. A proposta da CSN, registrada na bolsa de valores de Portugal, é condicionada ao aceite de 50% dos acionistas da empresa portuguesa mais uma ação A CSN, cujas instalações industriais ficam em Volta Redonda (RJ), inaugurou em 2009 sua primeira fábrica de cimentos, que usa como insumo resíduos da produção de aço de sua siderúrgica. A capacidade da unidade será de 2,3 milhões de toneladas por ano a partir de 2011.O interesse pela Cimpor, uma das maiores fabricantes do mundo de cimento, permite a maior diversificação de produtos, mercados e localização geográfica de ativos, segundo havia indicado a CSN quando fez sua oferta. O esforço do empresário Benjamin Steinbruch de ampliar seus negócios no exterior já frustrou-se no passado. Em janeiro de 2007, ele perdeu a disputa para comprar a Corus, siderúrgica anglo-holandesa. Em leilão, a siderúrgica acabou nas mãos dos indianos da Tata Steel. A ação da CSN caiu 1,06% no pregão desta quinta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo, fechando cotada a R$ 56,20.

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