O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, confirmou hoje (13) que o processo de escolha do sucessor do papa Bento XVI começa entre 15 e 20 de março. No próximo dia 28, Bento XVI renunciará. A escolha do novo papa é feita por votação manual e a portas fechadas, daí a expressão conclave - com chave. A Capela Sistina será o local utilizado para queimar os papéis de votação.
A previsão de especialistas é que o processo de votação, ao todo, dure nove dias. Mas pode se estender, caso não haja resultado. O novo papa é eleito quando há a preferência de dois terços dos cardeais.
O novo papa será eleito por 117 cardeais da Igreja Católica, de acordo com informações publicadas pelo Vaticano. O conclave para a escolha do sucessor do papa Bento XVI será composto por 61 europeus, 19 representantes latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e um integrante da Oceania.
Pelos rituais da Igreja Católica, os cardeais vão em cortejo até a Capela Sistina, e lá ficam isolados em espaços particulares, onde dão seus votos para o novo pontífice. Antes de manifestarem a opinião nas cédulas, cada um dos cardeais faz um juramento assegurando seu voto secreto e que aceitará o resultado da eleição.
Após a contagem dos votos, as cédulas são queimadas. Caso o nome do novo papa não esteja definido, uma substância é misturada ao papel para que a fumaça que sai pela chaminé da Capela Sistina seja da cor preta. Quando o novo papa está definido, a fumaça é branca. Assim, os fiéis podem acompanhar o processo de votação no Vaticano.
Ao deixar o papado, no próximo dia 28, Bento XVI será transportado por helicóptero até a residência de Castel Gandolfo, a 30 quilômetros ao sul de Roma. O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século 15 (1406-1415).
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