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22 de junho de 2015

Nação Rubro-Negra dá adeus a Carlinhos


Um dos maiores nomes da história do futebol do Flamengo morre nesta segunda-feira; ex-atleta e treinador em três conquistas nacionais, ídolo faleceu aos 77 anos de idade


Ídolo ao lado de seu busto em 2008


Nesta segunda-feira, a torcida do Flamengo deu adeus a um de seus maiores ídolos. Vítima de insuficiência cardíaca, Luiz Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos Violino, morreu aos 77 anos. Um dos grandes craques e treinadores do clube, Violino recebeu o apelido pela elegância e precisão em campo, quando jogava como volante, mas a alcunha também poderia se referir à música que conduzia os times que comandou como técnico. O velório do ídolo será nesta terça-feira na sede social do Flamengo, das 10 às 16 horas, no salão nobre. Em seguida, o Memorial do Carmo, no Caju, recebe familiares e amigos para a cremação, às 18h.


Defendendo o Manto Sagrado dentro das quatro linhas, de 1958 a 1969, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961. Defensor como poucos, foi um dos únicos a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo, e é apontado até hoje como um dos maiores da posição no futebol brasileiro. Carlinhos, que recebera as chuteiras de Biguá quando garoto, na despedida do jogador em 1954, repetiu o gesto em sua aposentadoria como atleta, passando seu instrumento de trabalho para um garoto promissor da Gávea - Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Aquele não seria o final de Violino, e sim um novo começo, como treinador.


Treinador multicampeão


Carlinhos chamava a sede social da Gávea carinhosamente de "segunda casa". Mesmo após pendurar as chuteiras, o jogador nunca perdeu vínculo com seu clube de coração. Tendo trabalhado no Flamengo por muitos anos, Violino recebeu sua primeira oportunidade como treinador do time profissional de futebol ao substituir Paulo César Carpegiani, no ano de 1983. Naquele ano, Carlinhos fez parte da conquista do tricampeonato brasileiro, já que assumiu o time como interino na campanha que teria como comandante o então treinador Carlos Alberto Torres.


Violino chegou a treinar outros clubes, mas sua paixão pelo Flamengo resultaria em sete passagens pela Gávea. Pela habilidade de contornar crises, ficou conhecido internamente como um "bombeiro" do clube. Em muito pouco tempo, saiu da condição de 'sempre interino', passando a ser extremamente respeitado como treinador e conquistando de vez a Nação Rubro-Negra, com seu carisma, serenidade e estrela. Depois de levar o Flamengo ao tetracampeonato brasileiro, em 1987, e ser bicampeão da Taça Guanabara (1988-1989), o ex-jogador assumiu o Mais Querido novamente em 1991, para disputar o Campeonato Carioca (em que foi campeão) e a Supercopa dos Campeões, com um time considerado mediano. No ano seguinte, comandou o time que surpreendeu a todos ao chegar na fase final do Campeonato Brasileiro de 1992 e se sagrar pentacampeão após dois jogos históricos contra o rival Botafogo.


Depois desta marcante passagem, ainda viriam outras três, com mais alguns títulos para o currículo do inesquecível Violino: os campeonatos cariocas de 1999 e 2000 e a Copa Mercosul de 1999. Seus números impressionantes à frente do Rubro-Negro levaram muitos dos 40 milhões de apaixonados pelo Flamengo a colocarem Carlinhos como o melhor técnico da história do clube.


No dia 12 de fevereiro de 2011, o ídolo foi eternizado na sede que tanto amava com a inauguração da "Praça Carlinhos", que também ganhou seu nome na Gávea. Site do CR Flamengo


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