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16 de novembro de 2009

Ministério da Justiça julgará 55 casos de anistia em Volta Redonda


30ª Caravana da Anistia acontece dia 19 de novembro, simultaneamente, na Câmara de Vereadores e na sede da OAB Volta Redonda

O Ministério da Justiça, através da Comissão de Anistia, fará no dia 19 de novembro, às 9 horas, na Câmara de Volta Redonda e na OAB, o julgamento de 55 perseguidos políticos e religiosos durante o regime militar entre 1946 a 5 de outubro de 1988. O julgamento histórico para o país, marca a tentativa do governo federal de reduzir os danos causados as pessoas que buscaram a liberdade e a democracia durante o regime militar. Nem todos os 55 casos são de pessoas ligadas à região. Desde 2007, 46 mil processos de anistia foram votados no Brasil. Volta Redonda tem cerca de 70 casos. No Sul Fluminense, o total chega a 200 anistiados. “O baixo número de processos na nossa região é devido à falta de provas e documentação porque muita coisa foi destruída pelos militares”, disse João Nery Campanário, uma das vítimas do regime e advogado do Sindicato dos Metalúrgicos. Campanário lembra detalhes dos difíceis momentos que passou entre os anos negros do país. “Chegaram a invadir minha casa, em Niterói, quando era advogado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. As minhas acusações eram de comandar invasões de terra em Silva Jardim. Eles sempre me acusavam de subversão e essa perseguição se estendia aos familiares”, disse ansioso para ver o resultado do julgamento. Durante uma coletiva na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, na última sexta-feira, dia 13, a coordenadora da Secretaria da Mulher do Sindicato, Maria Conceição dos Santos, explicou que durante o julgamento o bispo Dom Waldir Calheiros e o bispo Adriano Hipólito (pos morten) serão homenageados. O presidente do sindicato, Renato Soares, disse que o momento é marcante para o país. “Por isso, temos dado todo apoio a essas famílias perseguidas”, conta Renato.
Matéria extraída da Folha do Interior (Vinícius Ramos)

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