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9 de março de 2009

Mulher tira a roupa para entrar em agência em Jundiaí



Doralice Muniz Barreto, de 44 anos, empregada doméstica conta que teve de tirar a blusa para passar pela porta giratória da agência do Banco do Brasil no Centro de Jundiaí, cidade localizada a 58 km de São Paulo. Doralice disse que vai procurar um advogado na próxima semana para processar o banco e pedir uma indenização por danos morais. Toda a cena foi gravada pelo celular de outra cliente, Cleide Aparecida dos Santos Silva. Em nota, o Banco do Brasil informou que segue as normas institucionais. A empregada doméstica considera que foi discriminada por ser negra, uma vez que outros clientes brancos passaram tranquilamente pela porta. A Polícia Militar foi chamada por um advogado, cliente do banco, e lavrou um termo circunstanciado. Mãe de cinco filhos e avó de quatro netos, Doralice chegou à agência por volta das 15h10 de quarta-feira (6) para descontar seu cheque-salário de aproximadamente R$ 700. Quando tentou entrar pela primeira vez, a porta travou. Doralice tirou o relógio e duas chaves do bolso e depositou no porta-objetos, mas nada adiantou. Ela também esvaziou a bolsa que carregadva a tiracolo, colocando todos os objetos à vista, sem sucesso. De acordo com ela, o segurança permaneceu dizendo que havia objetos de metal com ela. Ela ainda tentou entrar na agência outras quatro vezes. Desesperada, Doralice pediu ao segurança que chamasse o gerente, mas o vigia avisou que o gerente estava ocupado. "Disse para ele: 'eu não tenho mais nada. A única coisa que eu posso fazer agora é tirar a roupa'. E ele me disse: 'problema seu'", conta Doralice. Diante da resposta do vigilante, a empregada tirou a blusa e a porta imediatamente destravou. "Eu fiquei tão nervosa que ia tirar a roupa toda, mas não deu tempo", disse ela. A mulher conta que cerca de 50 clientes estavam dentro do banco no momento em que a cena aconteceu. "Depois da raiva, me senti humilhada e com vergonha. Outros clientes aconselharam Doralice a quebrar a porta. Ela afirma ainda que nenhum dos funcionários se mostrou solidário a ela. "Todo mundo que estava sentado naquelas mesas fingiu que não estava acontecendo nada." Questionado sobre o caso, o Banco do Brasil divulgou a seguinte nota: "O Banco do Brasil segue as normas institucionais, entre elas, a portaria 387 da Polícia Federal que em seu artigo 62 diz que o banco é obrigatório ter vigilante, alarme e um item de segurança, que pode ser portal com detector de metais ou outro item que retarde a ação dos criminosos. O objetivo é garantir a segurança dos clientes."

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